Tivemos o prazer de participar do XIV Congresso Brasileiro de Biomedicina, realizado na cidade de Araras, do dia 18 ao dia 21 de novembro de 2014, onde palestramos sobre as perspectivas do mercado de estética no Brasil para o biomédico esteta.

O Brasil ocupa hoje o quarto lugar no mercado mundial de produtos para higiene pessoal e cosméticos e o primeiro lugar em cirurgias plásticas, resultados alcançados em 2013. Trocando isso em números, estima-se que o total de todos os produtos e serviços envolvidos no mercado de beleza e estética no país, alcance o montante de R$ 145 bilhões de reais, sendo R$ 80 bilhões em produtos de higiene, beleza e cosméticos, R$ 60 bilhões com gastos em salões e clínicas de estética, R$ 4,75 bilhões em cirurgias plásticas e R$ 250 milhões em procedimentos de preenchimento facial e toxina botulínica.

Sem dúvida, trata-se de um mercado apetitoso e, por isso, arduamente disputado pelos vários profissionais habilitados a atuar na área, sendo que o biomédico esteta tem a vantagem de poder atuar nos procedimentos de maior valor agregado, tais como toxina botulínica, preenchimento facial, criolipólise, intradermoterapia, entre outros, conforme autorização por meio de resolução do Conselho Federal de Biomedicina.

Dentro de uma clínica de estética, o biomédico poderá atuar como comissionado através de contrato, parceria, como autônomo ou também abrir sua própria clínica. No caso de parcerias, o comissionamento ao profissional varia de 30% a 50% do valor dos procedimentos, dependendo do acordo em relação ao custo dos produtos, locação de aparelhos, etc.

Após nossa palestra, tivemos o prazer de trocar informações com a diretoria dos diversos Conselhos Regionais de Biomedicina e com os biomédicos presentes ao evento e ficou patente a preocupação de todos com a formação dos biomédicos estetas que, devido à habilitação em procedimentos antes exclusivos da área médica, estão sendo alvo de constante vigilância e cobrança por parte dos conselhos de outras categorias da área da saúde, além dos órgãos de fiscalização públicos.

Para se proteger e se garantir em eventual demanda judicial ou fiscalizatória, é de extrema importância que o biomédico esteta se filie ao respectivo Conselho Regional de Biomedicina da cidade onde atua, obtenha seu título de especialista na área, optando pela área em sua graduação ou fazendo um curso de pós-graduação em escolas de reputação reconhecida em estética e que obedeçam às diretrizes e ao currículo contido na resolução do Conselho Federal de Biomedicina, além de terem um canal permanente de comunicação com os Conselhos Regionais onde atuam.