As estrias ou atrofia cutânea linear, são alterações meramente estéticas, mas de grande impacto psicossocial.

O surgimento pode ocorrer em qualquer época da vida, podendo aparecer desde a puberdade até a vida adulta. Suas causas são multifatoriais, com prevalência de fatores mecânicos, quando há uma grande distensão da pele.

São lesões dérmicas, sem comprometimento de epiderme, decorrentes do rompimento ou diminuição da coesão entre as fibras dérmicas, particularmente das fibras de colágeno e elastina.

Inicialmente tem coloração avermelhada e aumento da vascularização, causada pelo processo inflamatório agudo. Posteriormente evoluem para uma tonalidade branco nacarada, que caracteriza a atrofia do tecido tegumentar.

Pelo forte impacto social que prega a ditadura da beleza, este é um assunto bastante discutido, visto que acomete grande parte das pessoas. Os tratamentos não trazem uma recuperação completa do tecido tegumentar, mas melhoram o aspecto da estria.

A infusão controlada de CO² (Carboxiterapia) tem sido aplicada com sucesso tanto como tratamento primário, como tratamento complementar. Os efeitos hemodinâmico, vascular e fibrinogênico, resultados pós-aplicação, são os principais fatores para a recuperação da aparência das estrias.

A Carboxiterapia estimula o processo de remodelamento tecidual no leito da estria, consequentes da vasodilatação, neoangiogênese e neocolagênese, estes processos promovem a neofibrinogênese na matriz extracelular que reduzirá o comprimento, a largura e depressão que caracterizam a estria.

Para o tratamento da estria com a carboxiterapia, são realizadas punturas com o bisel voltado para cima com a agulha posicionada paralelamente à pele. A quantidade de gás a ser infundida é a suficiente para causar uma distensão do tecido acometido pela estria, com uma velocidade de fluxo varável entre 100 e 180 mlCO²/min, isso dependerá da sensibilidade dolorosa do paciente. As velocidades mais altas promovem respostas mais efetivas. Os ciclos são de 10 sessões com intervalos de 72 horas.

Para a efetividade e resultados positivos nos tratamentos, o profissional deve ter um amplo conhecimento da técnica e dos efeitos do CO² no tecido tegumentar e realizar uma anamnese e avaliação detalhadas, observando as contraindicações.

 

Um profissional bem preparado traz resultados fantásticos com a responsabilidade compartilhada com seu paciente!

 

 

 

Referências:
– Abramo, A C – Infusão controlada do CO²: carboinsuflação – São Paulo: Ed do autor, 2010.
– Cordeiro, RCT, Moraes AM; Striae distensae: physiopatholo,. Surgical & Cosmetic Dermatology 2009;1(3):137-140.
– Worthington, A, Lopez, JC. Carboxiterapia – Utilização do CO2 para Fins Estéticos. In: Yamaguchi C. II Annual Meeting of Aesthethic Procedures. São Paulo: Santos,2006.