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COVID-19: LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS DEVEM REDOBRAR OS CUIDADOS
abr
Devido à pandemia da COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) listou algumas dicas e orientações que os laboratórios devem adotar durante a ocorrência desta emergência de saúde pública, visando garantir a segurança dos colaboradores e dos usuários dos laboratórios de análises clínicas e toxicológicas.
Os especialistas em Análises Clínicas e Toxicológicas, e todos os colaboradores dos laboratórios, devem fazer a coleta das amostras de pacientes com suspeita da COVID-19 no mesmo ambiente em que eles já se encontram (hospital, por exemplo), para evitar a movimentação do usuário e diminuir a transmissão do vírus. Caso isso não seja possível, a SBAC cita as recomendações da Secretaria de Saúde do RN (Sesap) que orienta fornecer máscara cirúrgica ao paciente caso ele não tenha dificuldade para respirar e afastá-lo dos demais doentes. Além disso, durante o atendimento inicial, segundo o protocolo da Sesap, os profissionais devem manter distância de dois metros até que estejam com os equipamentos de proteção necessários.
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), por outro lado, recomenda que “toda a equipe do laboratório deve usar equipamento de proteção individual (EPI) apropriado, incluindo luvas descartáveis, máscara cirúrgica (máscara), jaleco e proteção para os olhos quando manusear amostras potencialmente infecciosas. Ao recolher uma amostra respiratória de um paciente suspeito na Unidade de Cuidados Intensivos, deve ser considerado o uso de uma máscara N95”, segundo as diretrizes publicadas pela entidade.
A OPAS também lista outras recomendações para amostras suspeitas de infecção pelo SARS-CoV-2, como não realizar tentativas de isolamento viral em cultura celular, para evitar a amplificação e a concentração de partículas virais.
Em relação aos procedimentos para instalações com diferentes tipos de segurança, a OPAS lista as seguintes recomendações:
• Exame histopatológico e processamento de tecidos fixados ou inativados com formalina.
• Preparação de placas para análise molecular com ácido nucleico viral já extraído.
• Estudos de microscopia eletrônica com filmes fixados com glutaraldeído.
• Coloração de rotina e análise microscópica de esfregaços fixos.
• Acondicionamento final das amostras para transporte para laboratórios de diagnóstico para testes posteriores.
• Amostras inativadas (amostras em tampão de extração para ácidos nucleicos).
Os seguintes procedimentos devem ser realizados dentro de uma cabine de segurança biológica – Classe II:
• Preenchimento e/ou diluição de amostras.
• Inoculação de meios de cultura bacterianos ou micológicos.
• Realização de testes de diagnóstico que não envolvam a propagação de agentes virais in vitro ou in vivo (por exemplo, preparação de placas para imunofluorescência).
• Procedimentos de extração de ácido nucleico com amostras potencialmente infectadas.
• Preparação e fixação química ou térmica de esfregaços para análise microscópica.
Os especialistas em Análises Clínicas e Toxicológicas são profissionais de saúde fundamentais neste período tão crítico da saúde pública. A formação em pós-graduação dos biólogos, biomédicos e farmacêuticos garante o seu preparo para atuar com eficiência e responsabilidade, colaborando para a devida superação desta pandemia.
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