Carreira,Cosmetologia
Motivos para se especializar em Fitoterapia Clínica
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Alecrim, sálvia, salgueiro, guaraná… Não, hoje não vamos falar de receitas. Quer dizer, mais ou menos. São receitas, de certa forma, mas são as que os graduados em Farmácia, Nutrição, Biomedicina, Fisioterapia, Enfermagem, Medicina, Odontologia e Medicina Veterinária vão poder prescrever depois que se especializarem em Fitoterapia Clínica, um curso de pós-graduação que aborda o uso de plantas medicinais e seus derivados no tratamento curativo ou paliativo, e na prevenção das doenças.
Desde a Babilônia, há cerca de três mil anos, já existem relatos do uso de plantas medicinais para a cura de enfermidades. De lá até hoje, o conhecimento sobre o assunto foi aprofundado, claro. Milhares de pesquisas são desenvolvidas todos os anos para isolar, extrair, testar e utilizar preparados farmacêuticos que possam beneficiar a saúde humana e também a de animais.
Os proveitos dos fitoterápicos têm sido cada vez mais atestados pela ciência e, segundo os especialistas da área, ainda existe um potencial enorme de descobertas. Só no Brasil, por exemplo, dentre as 55 mil espécies de plantas catalogadas, acredita-se que cerca de dez mil possam ser medicinais, aromáticas ou úteis, segundo um estudo da Unicamp. Desse modo, o especialista em Fitoterapia Clínica já tem à disposição um vasto repertório de preparados e um potencial imenso a ser descoberto. O profissional tem, inclusive, a possibilidade de atuar em pesquisas na área.
A adoção e a descoberta de medicamentos fitoterápicos vão sendo estimuladas no mundo todo – sendo algumas das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU – e também no Brasil. O Ministério da Saúde adota desde 2006 uma política de inclusão desses medicamentos no SUS e tem diretrizes de ampliação dessas estratégias nas redes de saúde. Para atingir essas metas, porém, é necessária a participação de profissionais de saúde com formação específica.
A fitoterapia está se consolidando também como prática na saúde, superando o descrédito que sofreu antigamente – fruto da prática de pessoas desinformadas ou mesmo agindo de má-fé. O mercado global apresenta crescimento há mais de uma década. Essa evolução se deve à “profissionalização” do setor e à adoção de normas, legislação e protocolos mais rígidos para a avaliação dos fitoterápicos, garantindo a saúde da população e a atuação profissional dos especialistas da área.
Como dissemos, os fitoterápicos têm ação profilática, curativa e paliativa. E isso se dá em diversas especialidades da saúde. Em uma pós-graduação em Fitoterapia Clínica, o especializando irá estudar as aplicações dos fitoterápicos na Dermatologia, em doenças metabólicas, no sistema gastrointestinal, seu uso como recurso anti-inflamatório e analgésico, entre outros possíveis usos.
Como o curso é voltado para diversas graduações, além de profissionais que atuam nas áreas da saúde e da educação, como os da Estética, Educação Física, Biologia, Química, Terapias Holísticas e gestores na área de fitoterapia, os conteúdos devem ser customizados para atender às distintas formações profissionais e suas possibilidades de atuação clínica.
Em breve, vamos falar mais um pouco sobre esse campo cheio de novidades e o mestrado em Fitoterapia Clínica. O que mais você gostaria de saber sobre esse tema? Conte pra gente e acompanhe aqui no blog!