Por que a Pós-graduação em Análises Clínicas e Toxicológicas é interessante para graduados em Farmácia, Bioquímica, Biomedicina e demais formações da área de saúde?

Na área da saúde, uma das ferramentas fundamentais para a prevenção ou tratamento de doenças são as análises clínicas ou toxicológicas. Essas análises são realizadas em laboratórios especializados, públicos e privados, por órgãos de vigilância sanitária, laboratório forenses, dentro de hospitais, clínicas ou em laboratórios universitários. São, portanto, diversos estabelecimentos que realizam estes tipos de procedimentos, que só podem ser executados por profissionais com muito preparo técnico e científico.

As carreiras que realizam as análises clínicas ou toxicológicas são as da Farmácia, Bioquímica, Biomedicina, Biologia e mesmo da Medicina. Mas, para exercer a atividade, é indispensável que o profissional tenha uma formação de pós-graduação.

E por que seria interessante atuar nesta área? Para começar, o mercado é muito aquecido, como em geral toda a área da saúde. São milhares de laboratórios de análises clínicas pelo país. Um levantamento feito pelo SEBRAE, com dados de 2015, mostra que existem 21.536 laboratórios de análises clínicas, sendo que 43% deles se concentram na região Sudeste. Os números levam em conta também laboratórios dentro hospitais, clínicas e outros estabelecimentos de saúde, além dos estabelecimentos dedicados, sejam públicos ou privados. Apenas no estado de São Paulo, o levantamento mostrava que existem quase quatro mil laboratórios.

Ainda em relação ao mercado de trabalho, é interessante ressaltar que 80% dos biomédicos trabalham em laboratórios de análises clínicas, segundo o Conselho Regional da 1ª Região da categoria, o CRBM. E não apenas como funcionários, mas também como proprietários, gerentes ou responsáveis técnicos.

A atuação deste especialista é dedicada à prevenção e ao diagnóstico e é também coadjuvante no tratamento de doenças, uma vez que suas análises podem auxiliar o médico na escolha da medicação ou procedimento necessário.

Pela importância da função – afinal, trata-se da saúde das pessoas – são exigidas do profissional muita atenção e concentração, além de capacidade de ser muito detalhista. E, claro, a capacidade de análise crítica utilizando diversos conhecimentos como bioquímica, hematologia, microbiologia, imunologia, citologia e muitos outros.

E, somado aos conhecimentos mencionados, é essencial o acompanhamento das novas tecnologias introduzidas todos os anos no mercado, lembrando que a área da saúde é uma das mais inovadoras em termos de novos equipamentos, técnicas e procedimentos.

Já que nos referimos às inovações da área, é importante lembrar que o especialista em análises clínicas e toxicológicas pode atuar também em pesquisas, tanto básicas como em ensaios clínicos, ampliando ainda mais o seu leque de opções, pois estará preparado para colaborar com outros pesquisadores e até desenvolver sua própria pesquisa.

Essas características e aptidões vão ser aperfeiçoadas na pós-graduação em análises clínicas e toxicológicas, voltada para as carreiras citadas.

A especialização também prepara o profissional para encarar os concorridos concursos públicos do setor. As agências de vigilância sanitária demandam muitos desses profissionais para realizar os processos de toxicovigilância e fiscalização de processos ambientais ou de risco ocupacional. As indústrias química e farmacêutica também recrutam muitos especialistas – e exigem formação adequada – para planejar e executar o controle desses processos.

Para os amantes de séries policiais, como CSI e outras, a especialização também possibilita atuar na investigação médico-legal, elaborando laudos de antidopagem, alcoolemia e exames de DNA, entre outros.

O campo realmente é muito amplo, pois quase todos os ramos das indústrias necessitam das análises realizadas por este especialista. Os ramos mais ligados à saúde, cosméticos ou alimentação, por tratarem de produtos essencialmente consumidos por humanos, carecem de mais profissionais. Entretanto, outros tipos de indústrias também podem utilizar os laudos para avaliar riscos ocupacionais ou ambientais.

Por fim, mais uma carreira possível para o profissional que se especializa em análises clínicas e toxicológicas é a própria docência. Em geral, após vários anos de prática e reconhecimento do mercado, esses profissionais acabam sendo convidados para lecionar.

Aliás, este é um bom indicador de um curso de pós-graduação: a qualidade e a experiência do corpo docente. Professores que tiveram destaque no mercado estão mais habilitados para transmitir sua expertise para os alunos, qualificando ainda mais a formação.

Dentre tantas opções de atuação, qual você se interessou mais?