Um(a) profissional graduado(a) em Farmácia tem como excelente opção de incremento da carreira a atuação como Farmacêutico(a) Clínico(a), uma especialidade voltada para, de modo geral, aprimorar o atendimento clínico farmacológico em farmácias, hospitais, clínicas ou qualquer unidade de saúde. Vamos conhecer um pouco mais sobre esta especialidade?

Na história da Farmácia, que é muito antiga, os primeiros profissionais eram responsáveis, além da manufatura dos medicamentos, pelo cuidado clínico dos pacientes, indicando e orientando sobre o uso dos preparados. Essa dimensão clínica do trabalho da(o)  farmacêutica(o) vem sendo cada vez mais fortalecida.

Embora os cursos de graduação ofereçam em seus currículos a formação básica para esse tipo de atuação, tanto o mercado quanto os farmacêuticos têm percebido que é fundamental uma complementação da formação para que este profissional da saúde possa prestar serviços de maneira mais plena.

A (O) profissional que trabalha na área de Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica irá contribuir com a melhoria dos resultados farmacoterapêuticos, pois sua atuação especializada compreende com mais profundidade as possíveis reações adversas e as interações medicamentosas relacionadas ao quadro clínico do paciente. Essa abordagem favorece também a adesão ao tratamento e, consequentemente, a melhoria da qualidade de vida do paciente. Além disso, esse acompanhamento mais qualificado traz redução de custos para o sistema de saúde como um todo. 

Logo, a(o) farmacêutica(o) clínica(o) será um componente essencial na promoção ou na recuperação da saúde do paciente, participando diretamente do cuidado clínico e da terapia medicamentosa.

 O campo ainda é pouco explorado pela categoria. Segundo pesquisa do Conselho Federal de Farmácia, de 2015, apenas 27% dos profissionais atuam na prescrição farmacêutica. Em função da redução de custos atingida pelas boas práticas desses profissionais, além da melhora dos índices de qualidade de vida, tanto gestores públicos como privados têm se interessado cada vez mais em contar com esses especialistas em seus quadros.

Este profissional deverá desenvolver algumas aptidões para exercer devidamente suas funções. Segundo a Associação Americana de Farmacêuticos Clínicos (American College of Clinical Pharmacy), as competências envolvem: a capacidade de solucionar problemas; o julgamento e a tomada de decisão; a comunicação e a educação; o gerenciamento e a avaliação das informações médicas; o gerenciamento de populações e o conhecimento de farmacoterapia. Além disso, segundo o CRF/SP, espera-se também que a(o) farmacêutica(o) clínica(o) tenha a “capacidade de estabelecer conexão com pacientes; exercitar a visão sistêmica para antever os riscos e promover a segurança; a busca pelo melhor desfecho clínico, empregando os recursos de maneira sustentável, sempre utilizando de empatia nas relações”.