Você conhece a história da Fisioterapia Dermatofuncional?

A Fisioterapia Dermatofuncional como uma especialidade da Fisioterapia reconhecida, no Brasil, por lei e resoluções é relativamente recente, com pouco mais de dez anos. A resolução do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) que reconheceu e habilitou os Fisioterapeutas a atuarem na área é de 2009 (Resolução nº 362/2009), mas o trabalho de Fisioterapeutas na recuperação e no tratamento da derme é bem anterior.

Um dos primeiros registros científicos dessa prática data de 1932, publicado no JAMA (Journal of The American Medical Association). O artigo “Physical therapy in dermatology: a brief general outline” (MAC KEE, 1932) faz uma importante distinção das práticas da Fisioterapia como tratamento dermatológico e já aponta a relevância da ainda inexistente especialidade no futuro.

Ainda antes do artigo na JAMA é possível encontrar relatos da atuação de Fisioterapeutas no tratamento de queimados (Pierson, 1925)! E na década de 1950 aparecem diversos relatos sobre unidades hospitalares de atendimento aos pacientes com queimaduras.

No Brasil, também temos diversos relatos de experiências de Fisioterapeutas atuando na estética e no tratamento dermatológico, desde a década de 1960. Profissionais da área vinculados ao Instituto Lauro de Souza Lima, em Bauru (SP), já aplicavam diversas técnicas no tratamento dos pacientes com hanseníase – público-alvo da instituição. Diversas instituições hospitalares também já haviam estabelecidos unidades de queimados contando com a atuação de Fisioterapeutas em suas equipes.

Décadas depois, já nos anos 1990, com a solidificação dos conhecimentos e práticas dos profissionais, muitos Fisioterapeutas reunidos em torno da Associação Brasileira de Fisioterapia (ABF) e do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO-3) formaram uma Comissão de Estudos em Fisioterapia Estética, visando estabelecer os parâmetros e sustentar a atuação do Fisioterapeuta na área Estética no contexto nacional e conquistar o reconhecimento legal da especialidade.

As discussões e os debates encaminhados por esses profissionais levaram à organização de congressos dedicados à área – ainda com outros nomes para a especialidade, como “Fisioterapia Reparadora Tecidual Funcional” ou “Fisioterapia Estética” – e a criação de associações profissionais específicas para a Fisioterapia Dermatofuncional, culminando finalmente na Resolução nº 362 do COFFITO, em 20 de maio de 2009.

Desde então, a Fisioterapia Dermatofuncional é reconhecida como uma especialidade da categoria demandando, porém, a conclusão de uma Pós-Graduação pelos Fisioterapeutas que queiram exercer a clínica com as técnicas e os procedimentos autorizados.

A Pós-Graduação em Fisioterapia Dermatofuncional da Faculdade Ibeco atende a todas as exigências do MEC e COFFITO, além de contar com a experiência e a expertise de uma instituição referência em cursos de Saúde e Estética. 

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Fonte: PEGORARE, A.B (Org.). Manual de condutas e práticas em fisioterapia dermatofuncional: atuação no pré e pós-operatório de cirurgias plásticas – Campo Grande, MS : Ed. UFMS, 2021