Cinco coisas que um enfermeiro com atuação em urgência e emergência deve saber

Há alguns dias falamos sobre o trabalho do enfermeiro especialista em dermatologia. Hoje, vamos abordar outra especialidade da enfermagem que também é muito importante, especialmente nos momentos críticos: a urgência e emergência.

Antes, porém, vamos diferenciar basicamente a urgência e a emergência, uma vez que muitas pessoas acreditam se tratar do mesmo conceito. Apesar de ambas indicarem a necessidade de atendimento rápido, em termos de saúde, a emergência diz respeito às situações que implicam em risco iminente à vida e, portanto, demandam uma ação imediata. Como, por exemplo, um afogamento, um infarto do miocárdio, politraumatizados ou uma hemorragia. Por outro lado, a urgência significa que não há um risco iminente à vida, embora seja fundamental algum procedimento em curto prazo para que a situação não evolua negativamente. São casos de traumas moderados ou leves, dores abdominais de intensidade moderada, transtornos psiquiátricos, entre outros.

Vamos listar, então, cinco conhecimentos ou habilidades que um enfermeiro especialista em urgência e emergência deve.

1 – Saber identificar e diferenciar as situações de urgência e emergência, fazer o encaminhamento e os procedimentos necessários a cada uma delas é uma das atribuições do enfermeiro com especialização em urgência e emergência. Para isso, o profissional irá utilizar protocolos específicos para avaliar o paciente e entender como proceder. O Ministério da Saúde propôs uma diretriz chamada “Acolhimento com Classificação de Risco” (ACCR), que orienta a triagem realizada no acolhimento ao paciente e como deve ser classificada a situação. A ACCR é baseada em conceitos internacionais e fundamentada pelo Protocolo de Manchester, que consiste na adoção de cinco cores (vermelho, laranja, amarelo, verde e azul) para sinalizar a gravidade dos casos após a avaliação inicial. O vermelho identifica as emergências, o laranja (muito urgente), assim sucessivamente até o azul, que são casos de baixa complexidade, sem urgência.  A classificação tem objetivo de dar prioridade clínica ao paciente e predizer o tempo em que ele deve ser atendido, mas não faz o diagnóstico.

2 – Os idosos, pela condição clínica especial, demandam atendimento especializado e tendem a necessitar mais de atendimento em unidades de urgência e emergência do que outras faixas etárias. Por essas razões, o enfermeiro especialista na área deve ter muito conhecimento sobre quais são os cuidados clínicos específicos para esta população, assim como as peculiaridades do atendimento ao idoso traumatizado – casos bastante comuns devido às quedas frequentes. Também, no caso do atendimento de urgência e emergência aos idosos, o profissional deve ser capaz de organizar o serviço onde atua de modo a otimizar o fluxo e garantir a assistência.

3 – Qualquer um que já esteve em um pronto-socorro geral pôde observar que pessoas com traumas, sejam leves ou graves, é uma constante. Desta forma, é preciso entender as características de traumas musculoesqueléticos, cranioencefálicos, térmicos ou outros; conhecer técnicas de imobilização e transporte de pacientes – especialmente em atendimentos realizados fora do ambiente hospitalar; e estar preparado para o atendimento a múltiplas vítimas, como em casos de acidentes automobilísticos.


4 – Outra situação muito comum nos prontos-socorros é a emergência obstétrica. E o profissional deve estar muito bem preparado para identificar rapidamente os riscos possíveis no momento da chegada da gestante, como hemorragias ou eclampsia, entre outros. Além disso, ele também tem como função realizar partos sem distócia, ou seja, que não tenha nenhum problema que dificulte ou impeça os partos.

5 – Mais uma atribuição importante do enfermeiro especialista em urgência e emergência é a gestão e a administração hospitalar. Entre outras atividades, planejar melhorias e adequações nos serviços para melhorar a assistência, participar dos programas de treinamento e aprimoramento das equipes e avaliar e controlar a qualidade do serviço fazem parte do trabalho do especialista na área.

Claro que esta lista que fizemos poderia ser muito mais extensa. O enfermeiro especialista em urgência e emergência tem muitos outros conhecimentos e competências, mas agora você já sabe um pouco do que irá encontrar num curso de pós-graduação, caso tenha desejo de atuar nesta área da saúde.

Este profissional é fundamental nos momentos que demandam decisões imediatas e ações rápidas, definindo muitas vezes o desfecho do atendimento e salvando vidas. Entretanto, é de suma importância o aprendizado técnico e científico para se preparar adequadamente. Se quiser mais informações sobre esta Pós-graduação em Enfermagem em Urgência e Emergência, não perca tempo e clique aqui.