Os graduados em enfermagem têm uma gama de opções interessantes para atuação profissional. Entretanto, nem sempre esses profissionais conhecem uma alternativa relevante da área, que é o ramo da enfermagem dermatológica.  

A(O) Enfermeira(o) dermatológico desempenha funções em clínicas, hospitais, centros de saúde, SPAs, home cares e instituições de ensino, podendo até abrir sua própria clínica. Suas atividades incluem procedimentos reparadores, como em caso de pacientes queimados, com úlceras ou por lesões. Mas esse especialista também pode atuar no campo estético, realizando diversos procedimentos e também no apoio em cirurgias plásticas.

Com o aumento da procura por cuidados com a pele e a saúde em geral, a especialidade vem ganhando cada vez mais importância no contexto da saúde e da dermatologia estética. Outro dado pertinente é o aumento da população idosa no país (uma tendência mundial) e a consequente necessidade de cuidados dermatológicos – estéticos ou de reparação – para essa faixa etária.

Além disso, os agravos dermatológicos são uma importante questão de saúde. A acne, por exemplo, é responsável por 8% das consultas ambulatoriais dermatológicas, seguido de fotoenvelhecimento, exposição excessiva aos raios solares e a causa de manchas, ressecamento, rugas e linhas de expressão, com 7,7% dos atendimentos, segundo pesquisa de 2018 da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). 

Em 2017, o Conselho Federal de Enfermagem Cofen ampliou os procedimentos permitidos para os profissionais com título de especialista, incluindo peeling médio, aplicação de toxina botulínica, fio de sustentação e procedimento estético injetável em microvasos (PEIM). 

Faz parte do cotidiano dos profissionais de enfermagem os cuidados com a pele das pessoas, uma vez que a enfermagem sempre auxiliou no tratamento de casos como hanseníase, psoríase e outras doenças da pele. Essa experiência acumulada resultou numa série de conhecimentos, práticas e protocolos já em uso por enfermeiros e enfermeiras. Entretanto, com os avanços que a ciência trouxe para a área, o surgimento de novas técnicas e produtos, a ampliação das demandas da população – tanto no campo estético quanto no da saúde – tornaram os novos saberes desse campo fundamentais para que o profissional possa responder às necessidades do paciente, além de se destacar no mercado de trabalho.  

O maior conhecimento sobre as propriedades da pele, seus mecanismos de regeneração, novas abordagens de tratamento e prevenção geram também uma necessidade de educação para a população – atividades que também estão no dia a dia da profissão. 

Para conquistar o título, é necessária uma formação específica, preferencialmente em instituições que contem com corpo docente experiente, uma vez que o rol de habilidades e conhecimentos necessários para exercer a atividade é extenso.

Um curso de pós-graduação lato sensu em enfermagem dermatológica, reconhecido pelo MEC, tem 460 horas de duração e prevê uma abrangente carga teórica, distribuída em disciplinas como estrutura e função tegumentar, processo de cicatrização da pele, assistência de enfermagem a lesões agudas e crônicas, entre outras.

Como se vê, os alunos irão assimilar conhecimentos sobre diversas técnicas, equipamentos e particularidades das diferentes composições utilizadas nos tratamentos estéticos e cirúrgicos. Considerando o vasto repertório de competências necessárias, a importância da seriedade e da experiência da instituição de formação escolhida fica ainda mais evidente.

Aqui você pode conhecer mais sobre a estrutura do curso de pós-graduação de enfermagem em dermatologia. Confira as informações sobre corpo docente, disciplinas, carga horária e investimento necessário para se tornar um especialista em enfermagem dermatológica e expandir suas qualificações!