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Fisioterapia Dermatofuncional no cuidado da pele dos idosos
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A população idosa vem crescendo proporcionalmente em relação à população geral, ano após ano. Em nosso país, a parcela com mais de 60 anos dobrou entre 1900 e 1989, e as estimativas apontam que, em 2050, os idosos devem compor 22% da população brasileira. Esses dados são explicados pelo aumento da qualidade de vida, avanço dos cuidados e prevenção de doenças, entre outros.
A despeito desses avanços, essa fase da vida traz consigo modificações bioquímicas, morfológicas e funcionais que influem na dinâmica do funcionamento dos diversos órgãos e sistemas humanos, inclusive na derme.
Especialistas vêm apontando a necessidade, cada vez mais urgente, de políticas públicas que articulem os cuidados dessa população de forma mais robusta, uma vez que as demandas são específicas, e o número de usuários dos sistemas público e privado cresce constantemente.
Diversos estudos também indicam que a maioria dos idosos apresenta um ou mais tipos de lesões elementares (eflorescências), principalmente manchas, pápulas e erosão. A literatura descreve que cerca de 70% dos idosos tem queixas dermatológicas, enquanto a mesma proporção apresenta uma ou mais dermatoses. Essas lesões têm grande impacto na qualidade de vida dos idosos, uma vez que contribuem para um déficit funcional e tornam a pele mais propícia ao desenvolvimento de patologias.
Esses achados corroboram a necessidade de ampliar os conhecimentos científicos, especialmente no que se refere ao campo Dermatofuncional, dos profissionais voltados ao tratamento e cuidado do idoso.
Os profissionais de saúde, entre eles os Fisioterapeutas, têm um papel fundamental na organização dessa assistência. No caso dos Fisioterapeutas, os cuidados e tratamentos para a as diversas patologias que acometem a pele dos idosos são dispensados pelos especialistas da área – os Fisioterapeutas Dermatofuncionais.
Esses especialistas têm em seu escopo de atuação a recuperação físico-funcional de indivíduos, inclusive idosos, com disfunções do sistema tegumentar e linfático, viabilizando a melhora e a restauração desses tecidos.
Pela especificidade de sua formação, o Fisioterapeuta Dermatofuncional atua tanto na prevenção como no tratamento dos distúrbios e das alterações cutâneas que emergem nesses pacientes, utilizando variados recursos, como: eletrolifting, para rugas e estrias; laser, para o tratamento de úlceras por pressão; ou alta frequência, para o tratamento de foliculite e úlceras.
O impacto da assistência do Fisioterapeuta Dermatofuncional no cuidado dos idosos é imenso, pois a evolução positiva dos tratamentos reflete diretamente na percepção dos pacientes sobre aspectos físicos, psicológicos e sociais, fortalecendo a sua autoestima e influenciando o estado geral de saúde.
A considerar as estimativas populacionais e as demandas apresentadas por esse público, não é exagero afirmar que a especialidade deve se tornar uma das mais requisitadas nos próximos anos. O Fisioterapeuta Dermatofuncional conta ainda, como diferencial, com as diversas possibilidades de campo de trabalho, seja na clínica, como em home care, hospitais, seja em instituições de longa permanência para idosos.