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Pesquisa e desenvolvimento de produtos cosméticos: o que o profissional esteticista tem a ver com isso?
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Imagine um cenário em que o país é o 4º consumidor mundial de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, representando 6,2% do mercado global. Esse cenário é o Brasil: o segundo mercado de consumo de desodorantes, perfumes e produtos masculinos. É também o terceiro em produtos infantis, segundo dados coletados em 2018 pelo Euromonitor, que revelam como essa área de produtos é extremamente forte no país.
Para abastecer e atender a esse mercado tão potente, é necessária uma indústria forte e competitiva. Os parques industrial e tecnológico da área, além de atenderem demanda interna, ainda exportam para mais de 160 países, gerando um total de 417 milhões de dólares em exportações, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).
Muito bem, mas você deve estar pensando – “o que o esteticista tem a ver com isso?”. Ora, como em todos os setores da indústria e do comércio, especialmente os que estão muito aquecidos – como o setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC) – é fundamental o fortalecimento da cadeia de produção e, principalmente, a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos e processos produtivos. Inovação é a palavra-chave para o setor.
Uma pesquisa feita pela área de negócios de Propriedade Intelectual e Ciência da Thomson Reuters mostrou que duas universidades brasileiras constam como as dez mais produtivas em pesquisa científica em cosméticos, sendo uma delas a primeira colocada. O ranking demonstra como o setor investe não apenas em produção, mas também no desenvolvimento de novos produtos, em embalagens e na cadeia produtiva, procurando se manter competitivo nos mercados interno e externo.
“Mas ainda não vi o esteticista nessa cadeia”, você poderia estar pensando. Bem, o setor emprega diretamente mais de 120 mil pessoas na indústria, sem contar os empregos indiretos gerados pela cadeia de produção e comércio. Ainda segundo a Abihpec, a área apresentou crescimento de 1% nas oportunidades de trabalho no último ano, mantendo um crescimento acumulado nos últimos dez anos de 2,1% na geração de empregos.
Agora você vai entender por que o esteticista é importante nessa cadeia. Mas, claro, não qualquer profissional, mas o esteticista especialista em pesquisa e desenvolvimento de produtos da área.
Lá em cima, mencionamos a palavra “inovação”. Essa é a meta principal para qualquer setor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da indústria, do comércio e de serviços. No caso do setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, a P&D precisa incorporar os novos conhecimentos fornecidos pela pesquisa básica e transformá-los em produtos e processos inovadores. Os profissionais que atuam na área necessitam, portanto, de uma formação que os torne aptos a trabalhar com informações científicas de ponta, mas também entender de processos ligados à vigilância sanitária e à legislação relacionada, conhecer e compreender os processos produtivos do setor, avaliar informações do mercado consumidor e gerenciar o desenvolvimento de novos produtos com departamentos de desenvolvimento, pesquisa e marketing.
Para isso, é fundamental uma formação específica (entra link), que é voltada para graduados em Estética e Cosmética (tecnólogo ou bacharel), e para outras graduações, como Farmácia e Engenharia Química, por exemplo. Com essa formação, desenvolvida numa carga horária de 460 horas, o esteticista irá se preparar para atuar em indústrias do setor, consultorias, agências de vigilância sanitária ou laboratórios que atuam no monitoramento e na análise de insumos e produtos.
A formação inclui conhecimentos sobre a legislação e normativas de segurança, fundamentos físico-químicos para o desenvolvimento de cosméticos, desenvolvimento e inovação na área cosmética, estratégias de marketing, empreendedorismo e gestão de negócios, entre outros.
Lembrando que o setor é um dos poucos que vêm apresentando crescimento real na oferta de vagas. Além dos intensos mercados interno e externo, tornar-se um esteticista especialista em pesquisa é a oportunidade de impulsionar a carreira profissional.
Agora que você já sabe o que o esteticista tem a ver com esse grande mercado, que tal conhecer um pouco mais sobre a Pós-graduação em Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos Cosméticos?