De tempos em tempos, a mídia divulga casos de pessoas severamente prejudicadas por tratamentos estéticos caseiros divulgados pela internet – às vezes por celebridades – ou por ofertas de “profissionais” sem a necessária formação teórica e prática.

São receitas de limpeza de pele, microagulhamento caseiro, criolipólise – processo que elimina gordura localizada com uso de congelamento – e muitos outros procedimentos, todos sem condições adequadas. Em comum, todos os relatos envolvem indicações ou participação de pessoas que não se prepararam para atuar com conhecimento, responsabilidade e ética.

Para a correta aplicação das diversas técnicas utilizadas para prevenção ou tratamento de questões estéticas, é fundamental que o profissional tenha uma formação especializada. Ela o capacitará não só a realizar as técnicas, mas também a fazer a correta avaliação das condições do cliente, operar os diversos equipamentos utilizados e conhecer profundamente as substâncias envolvidas.

As (os) fisioterapeutas, por exemplo, podem atuar neste campo com muita perícia quando se especializam em Fisioterapia Dermatofuncional. Essa pós-graduação capacita esses profissionais a tratar as disfunções que afetam direta ou indiretamente a pele, procurando agir e otimizar positivamente a capacidade funcional do paciente. Seu campo de trabalho se estende dos procedimentos estéticos – reduzindo exponencialmente os riscos que as pessoas correm ao se submeter às receitas caseiras ou a ofertas “milagrosas” – aos processos que envolvem cirurgias plásticas. Neste caso, a atuação pode se dar em três momentos: no pré-operatório, atuando no preparo do paciente para a cirurgia; no intraoperatório, com procedimentos que irão otimizar a recuperação; e no pós-operatório, facilitando os processos de cicatrização, visando minimizar eventuais complicações.

As condições das(os) fisioterapeutas são bastante especiais, porque a pós-graduação em Fisioterapia Dermatofuncional, aliada à própria formação básica da graduação, cria uma sinergia poderosa para a atuação profissional. Os conhecimentos advindos das diversas disciplinas da Fisioterapia qualificam o (a) fisioterapeuta a reconhecer as diversas patologias do sistema tegumentar e suas consequências na saúde do paciente e, desse modo, a fazer a escolha do melhor tratamento ou procedimento a ser adotado.

Assim, a (o) fisioterapeuta dermatofuncional, atuando em clínicas estéticas, por exemplo, tem condições de oferecer o melhor tratamento para os clientes, elevando as condições de segurança e eficácia dos procedimentos. Além disso, a expertise adquirida por meio da especialização e da prática irá habilitar a (o) profissional a esclarecer a população sobre os riscos que tratamentos caseiros ou “profissionais” não especializados trazem à saúde.

Conhece alguma história de tratamentos que trouxeram efeitos prejudiciais? Já recebeu ofertas “milagrosas”? Conte para nós sua experiência!