O câncer de mama é uma das doenças com maior prevalência entre mulheres no mundo, respondendo por cerca de 25% dos casos novos de câncer em mulheres. A incidência da enfermidade tem aumentado tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento.

Por ser uma doença de risco e demandar um tratamento especializado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e as entidades ligadas à área recomendam a intervenção de equipes multidisciplinares (ou multiprofissionais), uma vez que a paciente e seus familiares necessitam de diversos tipos de apoio e procedimentos.

A doença, infelizmente, é a primeira causa de morte por câncer na população feminina brasileira. Por isso, eventualmente, é necessária a introdução de cuidados paliativos pelos profissionais. Segundo a OMS, os “cuidados paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio de prevenção e alívio do sofrimento,  identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”.

Mas o profissional de saúde que participa de equipes multiprofissionais de oncologia também pode atuar na prevenção da doença: fazendo campanhas locais, orientando e esclarecendo sobre os sintomas do câncer de mama, divulgando para população os fatores de risco, entre outras ações.

Pela complexidade da doença, as diversas possibilidades de tratamento e os múltiplos fatores que incidem sobre este momento delicado da paciente e de seus familiares, necessário que os profissionais que dão assistência a essas pacientes tenham uma formação sólida sobre todos os aspectos relacionados ao câncer de mama.

Assim, é crucial a formação específica para trabalhar na área, feita através de uma pós-graduação em Assistência Multiprofissional em Oncologia. Voltada principalmente para profissionais da área da saúde, esta especialização prepara o profissional para compreender os diversos níveis de informação que se relacionam ao tratamento da doença, sua prevenção e os cuidados paliativos, habilitando-o a exercer as atividades inerentes à sua formação básica dentro da equipe.

Para uma graduada em enfermagem, por exemplo, é crucial conhecer os fundamentos da assistência à paciente com câncer de mama, o seu itinerário terapêutico e as repercussões que a doença causa na mulher, assim como questões como sobrevida e planos de cuidados. Outros profissionais da saúde irão intervir, cada qual com seu repertório e instrumental da categoria sobre dimensões parecidas.

O fundamental é que cada um tenha uma compreensão consistente dos processos que abarcam o paciente, seus familiares e a doença para que a assistência oferecida traga o máximo possível de qualidade de vida e alcance o resultado desejado.